A transformação do cacau em vetor de desenvolvimento sustentável já é uma realidade em Anapu no Sudeste do estado. No Pavilhão Pará, durante a programação paralela da COP30, o agente de atividades agropecuárias da CEPLAC, José Genilson Socorro, apresentou a força da verticalização da produção no município, que hoje aproveita 100% do fruto e já gera renda para diversas famílias.
A CEPLAC — Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira — é um órgão do Ministério da Agricultura que leva conhecimento técnico, pesquisa e qualificação a produtores de cacau em toda a região. Genilson, que atua em Anapu e em municípios vizinhos onde há plantios cacaueiros, explica que o trabalho vai muito além do cultivo tradicional. Segundo ele, a verticalização tem mudado a forma como o produtor local vê o cacau.
“O produtor antes aproveitava só a semente, que vira amêndoa e é vendida para a indústria. Hoje a gente mostra que existe um universo de 92% do fruto que pode virar renda, desde o mel, geleias, licores, doces, até produtos como sabão e pectina”, afirma.
No estande de Anapu, os visitantes da COP30 estão podendo degustar diversos produtos artesanais, entre eles licor do mel de cacau, licor de jenipapo, licor de tamarindo, licor de cupuaçu, geleia de cacau, geleia de cupuaçu, doces e o tradicional xarope medicinal produzido a partir das essências do sistema agroflorestal (SAF) do cacau. A degustação tem atraído a atenção de investidores, turistas e pesquisadores que passam pelo pavilhão.
Genilson reforça o impacto direto na economia local: “Nós já temos produtores com pequenas indústrias, e esse movimento só cresce. O cacau hoje representa uma oportunidade real de aumento de renda e fortalecimento das famílias de Anapu.”
PARCERIA COM A PREFEITURA
A Prefeitura de Anapu, em parceria com a CEPLAC, está avançando em um projeto estratégico para ampliar ainda mais o setor: a instalação de pequenas indústrias nos travessões e uma unidade maior na sede do município para atender toda a região.
Para o prefeito Luiz Carlos Aguiar, o momento é de consolidação de um novo ciclo econômico. “A verticalização do cacau é um caminho inteligente, sustentável e que valoriza quem produz. Nosso compromisso é garantir estrutura para que os agricultores possam transformar esse potencial em desenvolvimento de verdade para o município.”
Com produtos de alta qualidade, tradição no cultivo e agora tecnologia e inovação, Anapu se posiciona como uma força emergente da cadeia do cacau na região do Xingu — e a COP30 está sendo a vitrine ideal para mostrar ao mundo o sabor e o potencial da produção local.
Serviço:
Pavilhão Pará
Centenário – Centro de Convenções
Das 14h às 21h




